A obesidade pode acarretar em diversas doenças e traz diversos fatores de risco para a saúde. Além disso, é um estado inflamatório, uma vez que o tecido adiposo branco produz uma série de citocinas e/ou adipocitocinas que levam à esse processo.
"Adipocitocinas, como a leptina, adiponectina e TNF-alfa, são substâncias ativas liberadas pelo tecido adiposo e acredita-se que estas possuem a capacidade de modular o processo inflamatório modificando a produção de citocinas pelas células do sistema imunológico, bem como, alterando mecanismos de maturação ou apoptose das mesmas.” (http://www.bv.fapesp.br/pt/bolsas/67479/papel-do-tecido-adiposo-perinodal-mesenterico-durante-a-resposta-inflamatoria-intestinal-alteracoes)
O aumento de tecido adiposo em indivíduos obesos pode levar a uma resistência à insulina, podendo acarretar em doenças cardiovasculares. Essa resistência à insulina pode trazer diversos problemas associados, tais como:
- afetar a vasodilatação mediada pelo endotélio através de uma redução de óxido nítrico;
- predisposição à doenças cardiovasculares através do avanço da hipertensão;
- aumento do risco de trombose;
- aumento de marcadores inflamatórios.
A produção de leptina, pelo tecido adiposo, é dependente do padrão de obesidade, ou seja, quanto mais obeso, maior será o nível de leptina. Assim como a insulina, a leptina pode gerar efeitos depressores e pressores, como por exemplo, através da intensificação da excreção renal de sódio e da produção de óxido nítrico no rim, o excesso de leptina pode gerar uma queda da pressão arterial. Além disso, o excesso de leptina também pode ocasionar em um aumento da pressão arterial por meio de um aumento no tônus simpático no rim, nas adrenais e no coração.
Além disso, ainda existe uma relação entre indivíduos de massa corpórea alta com o risco de doenças cardiovasculares. A associação do consumo de alimentos ricos em gorduras saturadas e outras influências, como o estresse crônico, junto com a adiposidade gera uma propensão à doenças cardíacas.
Luana Lima Alves e Marina Minari R. de Carvalho
Fontes:
http://departamentos.cardiol.br/dha/revista/14-4/07-obesidade.pdf
http://www.bv.fapesp.br/pt/bolsas/67479/papel-do-tecido-adiposo-perinodal-mesenterico-durante-a-resposta-inflamatoria-intestinal-alteracoes/
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